Os suinocultores querem aumentar o consumo de carne suína no Brasil. Hoje, o produto ocupa uma fatia de 14,5% no ranking de consumo de proteína animal no país, ficando atrás dos cortes de bovino (38,6%) e de frango (46,8%), segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Para tanto, o setor lança nesta terça-feira (26) a quinta edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS).
A campanha será realizada em 589 lojas, distribuídas em 18 estados brasileiros. Os grupos Pão de Açúcar (supermercados com as bandeiras Extra e Pão de Açúcar), Comper, Oba e St. Marche participam da promoção, que vai até 12 de outubro. Para chegar a um maior número de consumidores, a SNCS terá gôndolas em lojas com perfis distintos e público diversificado.
O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo. A projeção do Ministério da Agricultura é que a produção cresça 4,9% até 2019. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná são os três maiores produtores nacionais. No entanto, com o aquecimento do mercado, a tendência é que haja expansão da produção em outras regiões.
A SNCS é promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com o apoio do Sebrae e do Ministério da Agricultura. A parceria da ABCS com o Sebrae começou em 2010, quando as duas instituições passaram a planejar atividades para aprimorar a produção, indústria e comercialização da carne suína, objetivando aumentar as vendas internas do produto.
A Semana Nacional tem contribuído para elevar o consumo médio do brasileiro e para informá-lo sobre as qualidades da proteína de origem suína, diz Augusto Togni, do Sebrae. “Em 2016, tivemos um aumento de 26% nas vendas, quando comparadas com 2015. No ano passado, o setor produziu 3,7 milhões de toneladas e exportou 720 mil toneladas.”
A expectativa da ABCS é de aumento de 2% na produção nacional neste ano. De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Lopes, a Semana Nacional da Carne Suína é parte fundamental da estratégia de impulsionar o consumo do produto no mercado nacional. A ABCS projeta ainda uma crescimento de até até 5% nas exportações em 2017.