Setor florestal brasileiro receberá investimento de R$ 32,6 bi até 2023

O setor de florestas plantadas do Brasil deve receber investimentos de R$ 32,6 bilhões entre 2020 e 2023. O número foi divulgado nesta terça-feira 24 pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), durante a apresentação de sua nova sede em Brasília. Segundo a diretoria da entidade, isso mostra que os produtos da cadeia produtiva florestal – reutilizáveis, recicláveis e, muitos deles, biodegradáveis – ganham cada vez mais espaço na indústria e no dia a dia das pessoas.
Os números englobam os segmentos de celulose, papel e painéis de madeira em seis estados e representam um aumento na produção de celulose em 3,2 milhões de toneladas; 1,9 milhão de toneladas de celulose solúvel; 1,2 milhão em papel; enquanto painéis de madeira subam em 570 mil m3 de MDF e 450 mil m3 de serrados.
De acordo com o presidente da Ibá, Paulo Hartung, esses recursos envolvem toda a cadeia de operações florestais, desde o plantio até a fabricação do produto final, incluídas as áreas de tecnologia e inovação.
Conforme a entidade, estão previstas obras para construção de pelo menos sete novas fábricas. A expectativa é que o setor gere nesse período mais de 35 mil empregos durante as obras e outros 11 mil empregos diretos após as unidades entrarem em operação.
Segundo dados da associação, deste total, R$ 20,4 bilhões serão investidos em unidades que vão produzir celulose e papel kraftliner para embalagens, reforçando o protagonismo da embalagem em papel cartão na bioeconomia.
Além disso, destacou Horácio Lafer Piva, presidente do Conselho da Ibá, as pesquisas e desenvolvimentos desse segmento ampliam cada vez mais o número de produtos com origem em árvores cultivadas, o que pode ser visto na ampliação em investimentos em unidades com outros produtos, como a celulose solúvel, fonte para diversas aplicações, principalmente têxtil, com a viscose.
Esse segmento, acrescentou Piva, contará com investimentos de R$ 10,5 bilhões até 2023 com recursos da Bracell, de R$ 7 bilhões em São Paulo, e da Duratex, de R$ 3,5 bilhões em Minas Gerais.
Também estão previstos recursos para painéis de madeiras da Berneck, em Santa Catarina (R$ 900 milhões); papel imprimir e escrever, com R$ 600 milhões da IP, em Mato Grosso do Sul; e outros R$ 200 milhões a Anin para tissue no Mato Grosso do Sul.
Entre 2014 e 2018, informou o Ibá, o setor investiu, apenas em ampliação, mais de R$ 20 bilhões.
O novo escritório da Indústria Brasileira de Árvores em Brasília é coordenado pelo seu diretor executivo, o embaixador José Carlos Fonseca Júnior.