Agropecuária

Abastecimento mundial de alimentos terá maior queda em três anos

Foto: Sebastian Rich/Unicef

Da ONU News

Chefes de agências internacionais pedem urgência na ação de combate à crise global de segurança alimentar e nutricional. Cerca de 349 milhões de pessoas enfrentam o estágio agudo de insegurança alimentar em 79 países.

A desnutrição deve prevalecer após três anos de piora, segundo os chefes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), do Banco Mundial, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Pobreza e insegurança alimentar em alta

A comunicação conjunta ressalta que o abastecimento global de alimentos deverá cair para a menor taxa em três anos em 2022/2023, quando a pobreza e a insegurança alimentar aumentam após décadas de ganhos de progressos.

Os assinantes do comunicado citam a situação causada pelos tremores na Turquia e na Síria para a qual têm monitorado, avaliado e mobilizado o apoio necessário.

Eles declaram que o choque sem precedentes no sistema alimentar global atinge os mais frágeis com interrupções na cadeia de suprimentos, mudanças do clima, pandemia, restrições financeiras após o aumento das taxas de juros e a guerra na Ucrânia.

O comunicado destaca ainda a alta inflação de alimentos no mundo, com dezenas de países chegando a dois dígitos.

Proteção social para 1 bilhão de pessoas

A resposta à alta de preços de alimentos, combustíveis e fertilizantes custou mais de US$ 710 bilhões em medidas de proteção social para 1 bilhão de pessoas. O total inclui aproximadamente US$ 380 bilhões em subsídios.

Mesmo assim, somente US$ 4,3 bilhões foram gastos em nações de baixa renda para medidas de proteção social, em comparação com US$ 507,6 bilhões em economias de alta renda.

O apelo à ação urgente visa travar a piora da crise de segurança alimentar e nutricional para os focos de fome, além de facilitar o comércio, melhorar o funcionamento dos mercados e fortalecer o papel do setor privado.

Por último, a recomendação das cinco instituições é que a atuação possa reformar e redirecionar subsídios com maior foco e eficiência.

Resultados nutricionais

Junto à atuação internacional para abordar desafios em áreas como proteção social e mercados de alimentos e fertilizantes, os cinco líderes pedem maior coordenação para evitar uma crise prolongada nessas três áreas.

Embora os preços das commodities alimentares e a demanda global estejam diminuindo, eles “permanecem acima das médias históricas, drenando os recursos das economias importadoras”.

O maior impacto da alta de custos é sobre os mais pobres que gastam mais do que seu orçamento permite com comida.

Para o grupo de instituições, há novas avaliações apontando que lacunas na acessibilidade dos alimentos estão piorando, afetando especialmente as crianças.

O comunicado ressalta que vem aumentando a já conhecida disparidade de insegurança alimentar, que coloca as mulheres em desvantagem em relação aos homens em todas as regiões do mundo.

 

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