Agro é o setor mais afetado pelas 20 barreiras impostas às exportações brasileiras

Os produtores e empresas brasileiras enfrentam 20 barreiras para exportar para outros países, segundo mapeamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta segunda-feira. As restrições impostas ao Brasil no comércio internacional envolvem vários produtos, como carne bovina, lácteos e açúcar.
As barreiras, destaca reportagem do site G1, são estabelecidas pelos países para dificultar a importação de produtos de outras economias ou podem aparecer na forma de subsídio, dando benefícios para as empresas locais.
Contra o produto brasileiro, acrescenta o site, o estudo identificou barreiras sanitárias e técnicas, cotas tarifárias, concessão de subsídio, entre outra.
“O Brasil é mais afetado no setor da agroindústria porque é muito competitivo. Com isso, outros países estão criando normas e barreiras mais sofisticadas para conter o produto brasileiro”, diz a gerente de Política Comercial da CNI, Constanza Negri Biasutti.
Das 20 barreiras contra o Brasil, 17 foram adotadas por economias que integram o G-20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.
“Quanto mais proativo for o governo brasileiro, mais chances o Brasil tem derrubar essas barreiras”, assinala Constanza. “É preciso mecanismos de diálogo. É possível superar este cenário nos ambientes bilaterais e multilaterais, por meio da OMC (Organização Mundial do Comércio) e pelos acordos de negociação.”
As medidas restritivas sobre aço e alumínio do Brasil adotas pelos EUA não foram incluídas no levantamento porque, segundo a CNI, se trata de um movimento recente e os setores ainda não levaram a questão para a entidade.
A CNI lança nesta segunda-feira (6) a Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB) para reduzir os obstáculos e a burocracia para a exportação. Segundo a entidade, os custos para a exportação sobem 13% por causa da burocracia aduaneira.
Leia aqui a matéria do G1 íntegra.