Autocontrole começará pelos setores de ração, suínos, bebidas e fertilizantes

O sistema de autocontrole, por meio do qual o setor privado passará a ser responsável pela qualidade e segurança dos produtos que oferece ao mercado consumidor, cabendo ao Estado a fiscalização começará a ser implantado a partir dos setores de alimentação animal (ração), fertilizantes, suínos e bebidas.
As quatro cadeias produtivas foram selecionadas para a fase inicial de adoção do sistema pelo Comitê Técnico de Programas de Autocontrole, criado recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Cada uma das quatro áreas será trabalhada por um subcomitê específico, formado por integrantes do Mapa e por representantes de cada setor. Os subcomitês devem ser instalados até o dia 15 de junho e até 60 dias depois devem ser realizadas reuniões de avaliação com o Comitê Técnico para verificar os avanços de cada uma das áreas.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, José Guilherme Leal, a escolha das primeiras áreas foi feita com base na maturidade e na disposição dos setores que já manifestaram interesse em avançar em um primeiro momento. “Também levamos em conta a diversidade, para não ficar em uma área só. Isso vai ajudar a construir os modelos de autocontrole para depois expandir para outras áreas.”
Na avaliação de Leal, o autocontrole vai trazer benefícios para toda a sociedade. “No caso do ministério, vamos conseguir direcionar melhor as ações de fiscalização e as empresas vão aprimorar seus procedimentos de verificação e monitoramento dos seus produtos, assumindo mais responsabilidade sobre o que elas produzem.”
Atualmente, a fiscalização do ministério acompanha o fluxo produtivo até o final. Com o autocontrole, a tarefa será compartilhada com o setor privado. Os avanços nos modelos de autocontrole seguem a tendência mundial crescente do uso de sistemas voluntários de certificação de qualidade. Muitos países da União Europeia já criaram normatizações sobre isso.
Da redação, com o Mapa