Estiagem reduz em 8% captação diária de leite no RS, diz Sindilat

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) alerta que a produção leiteira gaúcha, além de estar entrando no período de entressafra, já está apresentando queda acentuada na captação de leite, provocada pela falta de pastagem verde no campo e pelo estresse calórico animal, visto as temperaturas elevadas nesta época do ano. Esse é um dos efeitos previstos da estiagem que assola diversos municípios do estado.
Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a seca já causa perdas significativas no desenvolvimento do milho para a silagem, alimento essencial que é produzido para nutrição do gado durante todo o ano, e o aumento da temperatura provoca um estresse calórico para o animal, que acaba não se alimentando de maneira correta, refletindo na queda da produção de leite em 2020 e prejudicando o período reprodutivo dos mesmos.
“Já no mês de março, começaremos a sentir os efeitos mais fortes em relação à escassez de alimentos para o rebanho”, assinala Guerra.
Os primeiros dias de janeiro já indicaram um impacto importante da estiagem sobre a atividade no Rio Grande do Sul. Conforme Guerra, a captação diária nas propriedades gaúchas teve redução de cerca 8%, devido às altas temperaturas e chuvas muito abaixo das médias no estado, índice que representa 1 milhão de litros de leite a menos entregues às indústrias associadas à entidade. “Esse cenário deve persistir durante todo o mês, mas a ocorrência de chuvas neste período, mesmo que em pouca quantidade, já poderá amenizar a situação”, pontua o presidente do Sindilat.