Entidades de vários setores defendem permanência da ministra da Agricultura

Vinte entidades de diversos setores – entre elas, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) – divulgaram manifesto defendendo a permanência de Tereza Cristina à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O documento é uma resposta aos rumores sobre uma possível saída da Tereza Cristina do Mapa, em consequência de sua contrariedade às críticas à China, principal parceiro comercial do agro brasileiro.
O manifesto mostra que o apoio a Tereza Cristina vai além de entidades do agro. Porém, há dentro do próprio setor rural quem defenda a saída da ministra, alegando que ela dá dado pouco atenção aos pequenos e médios produtores.
Leia abaixo, trechos da reportagem sobre o assunto publicada pela jornalista Carla Araújo, no site UOL:
“Após a saída precoce do ministro da Saúde, Nelson Teich, vinte entidades de diversos segmentos assinaram um manifesto de apoio à permanência da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na pasta. “A continuidade do desenvolvimento do agronegócio é essencial e tem na ministra Tereza Cristina sua principal líder”, diz o manifesto enviado à coluna.”
O governo já tinha colocado nas rodas de conversa uma possível saída de Tereza Cristina do Mapa. “Agora, porém, o mantra que vem ecoando no Palácio do Planalto é que a demissão dela ‘está fora de cogitação’. “Ela é super resiliente e está focada nos resultados”, garantiu um auxiliar direto do presidente. Procurado para comentar o assunto, o ministério não respondeu.”
Segundo auxiliares do governo, a própria ministra já reclamou com o presidente Jair Bolsonaro que não concorda com a postura “anti-China” adotada e cada vez mais explicitada pela ala ideológica do governo.
O manifesto, organizado pelo Instituto de Engenharia (IE), conta com a adesão de mais 19 associações nacionais de diversos setores. De acordo com o documento, o apoio ao trabalho da ministra está baseado nos desafios que o Brasil tem pela frente. O texto cita que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) projeta que o Brasil teria que produzir 40% a mais de alimentos para alimentar o mundo até 2050.
O documento destaca o papel do Brasil como produtor de comida para alimentar o mundo neste momento da Covid-19 e da engenharia na superação de desafios de infraestrutura e gargalos logísticos que comprometem a competitividade dos produtos brasileiros. Na visão das entidades, a continuidade do desenvolvimento do agronegócio neste momento da Covid-19 é estratégica para o país e tem na ministra Tereza Cristina sua principal líder”, alertam.
“O agronegócio não parou com a pandemia, prossegue produzindo volumes recordes de grãos, carnes e outros produtos, além de seguir exportando. Continua assegurando superávits comerciais, garantindo recursos de que o país precisa, inclusive para a compra de equipamentos necessários de combate ao coronavírus, trazendo certa tranquilidade para fazer frente aos seus compromissos”, alegam as entidades.
Assinam o documento que pede a permanência da ministra as seguintes entidades:
– Instituto de Engenharia (IE);
– Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI);
– Associação das Administradoras de Bens de Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC);
– Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER);
– Associação Brasileira de Incorporadoras (ABRAINC);
– Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (ABRINSTAL);
– Associação Comercial de São Paulo (ACSP);
– Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI – RJ);
– Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT BRASIL);
– Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB);
– Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento do Estado de São Paulo (AELO);
– Associação para o Progresso de Empresas de Obras de Infraestrutura Social e Logística (APEOP);
– Federação Internacional Imobiliária (FIABCI);
– Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO);
– Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (SCIESP);
– Sindicato da Habitação (SECOVI – SP);
– Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON);
– Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (SINICESP);
– Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (SOBRATEMA);
– Sociedade Rural Brasileira (SRB).