Agropecuária

Rastreabilidade é essencial para desenvolver a pecuária, diz Carlos Fávaro

Foto: Divulgação/Mapa

Não há outro caminho para desenvolver a pecuária brasileira sem a adoção da rastreabilidade, ou seja, o acompanhamento de todo o percurso da matéria-prima, desde a sua origem até o produto final, segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

“A imensa maioria dos pecuaristas aplica boas práticas nas propriedades, mas falta a rastreabilidade”, disse Fávaro, ao participar, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, de dois eventos em São Paulo, na quinta-feira (27): o Encontro Marfrig Verde Mais e da 31ª Edição do Prêmio Revista Ferroviária, que homenageou o ex-ministro Blairo Maggi.

“Aqueles poucos [pecuaristas] que cometem crimes ambientais, que não respeitam a legislação, que fazem desmatamento ilegal, que fazem queimadas ilegais, que invadem terras públicas, contaminam todo o sistema e prejudicam todos aqueles que utilizam boas práticas”, afirmou o ministro da Agricultura.

De acordo com ele, a rastreabilidade permitirá separar o joio do trigo e valorizar quem produz de forma adequada. Incentivos no Plano Safra e abertura de novos mercados foram algumas das vantagens anunciadas por Fávaro. O ministro disse ainda que a adoção desse controle de produção será gradativa e que o governo está determinado a dar o primeiro passo em parceria com a iniciativa privada.

Proposta da CNA

No dia 18 de abril, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina a proposta de um sistema voluntário, com prazo mínimo de oito anos para adaptação dos produtores rurais. Nessa proposta, o controle a gestão e o controle da distribuição da numeração oficial e o banco de dados ficariam a cargo da CNA e não estariam disponíveis de forma pública.

Os integrantes da Câmara Setorial do Mapa têm até o dia 15 de maio para sugerir melhorias e ajustes, que serão validados na reunião ordinária da Câmara Setorial no dia 30 de maio. Em seguida, a proposta será protocolada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Geraldo Alckmin destacou que o governo tem compromisso com o desmatamento ilegal zero. “O desmatamento na Amazônia não é feito por agricultor nem pecuarista. É grilagem de terra por falta de fiscalização, de titulação. Todas as providências estão sendo tomadas no sentido de coibir e de combater”, enfatizou.

As mudanças climáticas, assinalou Alckmin, dependem de três florestas tropicais: Brasil (floresta Amazônica), Indonésia e República do Congo. “É nosso dever preservar as nossas florestas e, ao mesmo tempo, buscar alternativas econômicas para a região. Temos uma legislação espetacular, o Código Florestal, que precisa ser cumprido. Mas é uma legislação extremamente avançada.” O Brasil, pontuou, quer ser o grande protagonista do combate às mudanças climáticas.

Da redação, com Mapa

 

 

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