Agropecuária

Receita das exportações de carne bovina cai 20% em outubro

Foto: Ivan Bueno/APPA/Divulgação

A queda dos preços da carne bovina no mercado internacional, que vem se acentuando desde o início do ano, continua afetando o desempenho das exportações totais (in natura + processadas) do produto brasileiro. Em outubro, os embarques alcançaram US$ 982,6 milhões, representando um recuo 20% em relação ao mesmo mês de 2022, quando atingiram US$ 1,223 bilhão, informa a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), em nota divulgada nesta segunda-feira (13).

A movimentação no mês permaneceu praticamente estável: em outubro deste ano, foram exportadas 240.946 toneladas, alta de 2,94% sobre as 234.063 toneladas enviadas ao exterior no mesmo mês de 2022.

No acumulado do ano, segundo a entidade, a receita caiu 23%. De janeiro a outubro, os embarques totalizaram US$ 8,76 bilhões. Em igual período de 2022, os envios somaram US$ 11,37 bilhões.

Em volume, houve um crescimento inferior a 1% no acumulado do ano. Nos 10 primeiros meses de 2023, o Brasil exportou 1.998.893 toneladas, contra 1.994.804 toneladas de 2022.

De acordo com a Abrafrigo, o grande problema das exportações em 2023 são os valores pagos pelo produto brasileiro pelos importadores. Em outubro de 2022, os preços médios da carne bovina brasileira foram de US$ 5.228 por tonelada. Em outubro de 2023, a tonelada caiu para US$ 4.078. No acumulado do ano, o preço médio de 2022 foi de US$ 5.727 por tonelada. No acumulado de 2023, o valor caiu para US$ 4.381.

A China continua sendo o principal importador da carne bovina brasileira no acumulado do ano, respondendo por 49% das vendas brasileiras. Em 2002, o país representava 53,1% do total exportado no período. Até outubro, a China foi responsável por US$ 4,723 bilhões, o que representou uma queda de 32,3% na arrecadação de divisas. No ano passado, até outubro, a receita foi de US$ 6,979 bilhões. Os preços médios caíram de US$ 6.621 por tonelada em 2022 para US$ 4.819 neste ano. No volume também houve queda de 7%, saindo de 1.054.088 toneladas em 2022 para 980.016 toneladas em 2023.

Os Estados Unidos se mantêm como o segundo maior importador da carne bovina brasileira, subindo de uma participação de 8% no total em 2022 para 11,8% até outubro de 2023. A movimentação cresceu 49,1%, passando de 158.260 toneladas em 2022 para 235.903 toneladas em 2023, mas a receita caiu 0.9% devido à redução nos preços do produto.

O Chile é o terceiro maior importador, movimentou 82.314 toneladas em 2023 contra 63.927 toneladas em 2022 (+ 28,8%). A receita foi de US$ 322 milhões no ano passado para US$ 400 milhões neste ano (+ 24%).

Hong Kong chegou na quarta posição, importando 82.350 toneladas no acumulado até outubro de 2002 e 94.857 toneladas em 2023 (+15%), mas a receita caiu 0,1% passando de US$ 290 milhões para US$ 289 milhões. No total, 74 países aumentaram as importações até outubro e outros 96 reduziram as compras.

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