Florestas plantadas têm 41% das espécies de aves ameaçadas de extinção, segundo dados do setor

Embora ocupem menos de 1% do território brasileiro, as áreas da indústria de árvores plantadas têm 41% das espécies de aves ameaçadas de extinção e 38% das espécies de mamíferos na mesma situação. Isso é o revela levantamento inédito feito pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) com as suas empresas associadas.
Durante a coleta de dados para a pesquisa, foram encontrados lobo-guará, muriqui, puma, mico-leão-preto, papagaio-chorão e mutum-do-sudeste, entre outros, que habitam os biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Pampa.
De acordo com a Ibá, o resultado do levantamento demonstra o comprometimento do setor com a conservação ambiental, o que é uma referência mundial. Exemplo disso é o plantio em mosaicos, modelo nacional de cultivo já reproduzido em outros países.
Nesse sistema de cultivo, as florestas naturais se intercalam com as plantadas, criando corredores ecológicos que favorecem a circulação de diferentes espécies. Isso, assinala a Ibá, mantém o habitat natural dos animais, das plantas e dos micro-organismos, garantindo alimentação e abrigo, ao mesmo tempo em que fornecem produtos para o mercado consumidor.
“Este é saldo positivo mostra que estamos no caminho certo”, diz a presidente executiva da Ibá, Elizabeth de Carvalhaes. “Entretanto, para que cada vez mais empresas apoiem o governo na busca das metas de conservação da biodiversidade, estabelecidas em acordos internacionais, é essencial que haja reconhecimento e incentivo aos produtos sustentáveis, como os que têm origem em florestas plantadas, por meio de políticas de estímulo ao consumo e ações de conscientização do consumidor.”