Setor de hortaliças teve faturamento de R$ 66 mi em 2016

O setor de hortaliças teve faturamento de R$ 66 bilhões no Brasil em 2016. O número foi divulgado esta semana, em Brasília, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), durante o lançamento do estudo inédito Mapeamento e Quantificação da Cadeia Produtiva de Hortaliças.
De acordo com a CNA, o montante mostra o potencial e a dimensão do setor. “É uma cadeia que gera empregos e movimento econômico para o agronegócio brasileiro”, destacou o presidente da CNA, João Martins.
O setor, acrescentou, está entre as prioridades da CNA e o estudo contribuirá para a entidade ter um diagnóstico mais preciso e poder buscar políticas públicas que o tornem mais competitivo, gerando mais renda e aumentando o consumo de hortaliças no país.
“Estamos evoluindo e não podemos deixar nenhum segmento para trás. Queremos aproximar a CNA do pequeno e médio produtor para evoluirmos juntos e contamos com a participação de todos para transformar essas propostas em resultados para o horticultor brasileiro”, afirmou Martins.
A Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Abcsem) é parceira da CNA na elaboração do mapeamento. Para o presidente da entidade, Steven Udsen, é um estudo muito importante para o agronegócio nacional.

Alho, batata, cebola, tomate
O estudo foi elaborado com base nas culturas de abóbora cabotiá, abobrinha, alface, alho, batata, beterraba, cebola, cenoura, coentro, couve-flor, pimentão, tomate mesa e tomate indústria. As informações para o documento vieram de diversas entidades, entre elas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“É um levantamento fiel dessas culturas e servirá para nortear nossa agenda de pesquisa, dando subsídios para que a Embrapa possa traçar melhor seus objetivos e resolver alguns problemas que foram levantados durante a elaboração do trabalho”, disse o chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Warley Marcos Nascimento.
O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, ressaltou que a assistência técnica e gerencial ofertada pela entidade tem como foco a cadeia das hortaliças. Por meio dessa assistência, salientou, os produtores têm percebido mudanças fundamentais na propriedade.
“O produtor precisa de conhecimento tecnológico para saber como proceder e é onde entra o Senar, instituição mantida pelo produtor, para oferecer assistência técnica que dê segurança e rentabilidade a ele”, observou Carrara.
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA, Luciano Vilela, o estudo foi desenvolvido para mostrar ao produtor o potencial desse segmento na produção agrícola nacional. “Isso empodera o produtor de informação e faz com que ele tenha mais autoestima no que faz.”
A cadeia de hortaliças, ressaltou Vilela, ainda é pouco organizada no Brasil. “A criação da Comissão da CNA foi um pleito dos produtores rurais e isso faz com que ele valorize as iniciativas de associação, se organize melhor e passe a buscar aquilo que é de direito dele junto ao governo, ao mercado e a todo mundo que compõe essa cadeia produtiva no Brasil.”
Da redação, com informações da CNA