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Leite: Exportar para China pode ajudar, mas relação com laticínios precisa mudar

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Geraldo Borges, presidente da Abraleite, defende desoneração do setor – Elio Rizzo/AGROemDIA

Da redação/AGROemDIA

A liberação das exportações brasileiras de produtos lácteos para a China pode contribuir para que o setor leiteiro comece a superar os problemas que afetam a atividade há anos. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges. No entanto, acrescenta, também é necessário que, internamente, os laticínios melhorem o relacionamento com os produtores para que a cadeia produtiva tenha mais equilíbrio entre seus elos.  

“A abertura do mercado chinês aos produtos lácteos brasileiros pode ajudar a pecuária leiteira a começar a vencer problemas antigos. É preciso o aumento do consumo interno e das exportações de produtos lácteos para que possamos ter uma cadeia produtiva de leite mais equilibrada no país”, disse Geraldo Borges ao AGROemDIA.

Segundo o dirigente da Abraleite, as exportações são necessárias para dar um melhor equilíbrio aos preços internos. “Por isso, vemos com bons olhos a abertura do mercado chinês aos nossos produtos”.

Geraldo Borges ressalta ainda que tão importante quanto exportar para a China é resolver questões internas que têm prejudicado a atividade. Isso, enfatiza, passa por uma relação mais harmoniosa das indústrias com os produtores. “Elas não podem promover baixas nos preços, como fizeram nos últimos dia, o que está prejudicando enormemente os produtores de leite de vários estados.”

Ao longo dos anos, enfatiza o presidente da Abraleite, essa prática tem retirado muitos produtores da atividade. Conforme Geraldo Borges, além da queda da cotação do litro de leite ao produtor, o setor enfrenta a falta de previsibilidade no pagamento do produto e de preço justo. “Isso vem sacrificando e inviabilizando a permanência de muitos deles na atividade.”

Desoneração

“Junto com a abertura de mercado da China e a parceria e respeito das indústrias com os produtores, também precisamos ter preços competitivos internacionalmente para os nossos produtos lácteos. Não adiantará termos abertura de novos mercados se os preços dos nossos produtos lácteos não forem competitivos com os de outros exportadores, como a Nova Zelândia, a Europa e os Estados Unidos.”

Leite em pó é uma commodity, assinala Geraldo Borges.  “O Brasil não poderá, por exemplo, vendê-lo por um preço maior que o vendido pela Nova Zelândia para a China.” Para ele, a alternativa para impulsionar a competitividade dos preços de produtos lácteos como leite em pó, queijos e outros é a desoneração da cadeia produtiva, “já que a nova equipe econômica não concorda com subsídios ou incentivos, em sua agenda e estilo liberal.”

De acordo com Geraldo Borges, a Abraleite tem pedido à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a desoneração da cadeia produtiva do leite. “Estamos trabalhando nisso desde novembro do ano passado, ainda durante o período do governo de transição.”

 

 

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One thought on “Leite: Exportar para China pode ajudar, mas relação com laticínios precisa mudar

  • joseribeiro

    com que ta acontecendo aqui no brasil e no goias o jeito que ta fazendo com o produto lácteo tudo veneno o dobro isto e jeito de consumir muito e nunca e tbm o leite em po e condensado e creme que consumir mais ta muito caro quem dar conta de comprar uma merda dessa so tomando prejuízo eu por mim prefiro fazer queijo caseiro que vc sabe que sadio nao e produto e conservante demais e tbm o po tinha ter mais vitamina nunca tem todo produto que vc compra e cheiro forte desagradavel que ta azedo ou produto perdido

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