Jornalistas são ameaçados de morte em Minas. Sindicato repudia
Do Congresso em Foco
Muros em Belo Horizonte amanheceram pichados nesta quinta-feira 14 com apologia ao assassinato de jornalistas e atentados contra a imprensa. “Jornalista bom é jornalista morto”, era uma das mensagens nos tapumes na Avenida Alfredo Balena. “Colabore com a limpeza do Brasil, mate um jornalista, um artista, comunista por dia”, dizia outra.
Os presidentes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Alessandra Mello, e da ONG Casa do Jornalista, Kerison Lopes, foram até o local e taparam as ameaças com cartazes que buscam valorizar os profissionais da imprensa.
Alessandra e Kerison localizaram uma loja que tem câmeras de segurança em frente aos tapumes nos quais estavam estampadas as ameaças. “Falei com a gerente da loja, que disse que as imagens ficarão guardadas por dez dias, porém, o jurídico só libera se tiver uma requisição da Justiça”, disse a presidente do sindicato.
Alessandra registrou um boletim de ocorrência para que a polícia possa requisitar as imagens e chegar aos responsáveis pelos ataques.
No lugar das ameaças, foram colados cartazes com os dizeres: “jornalista bom é jornalista que incomoda”, “viva o jornalista”, “jornalista bom é jornalista vivo”, “sou jornalista e não me calo” e “respeita os jornalistas!”.
Segundo o presidente da Casa do Jornalista, de 2018 para cá, aumentaram os ataques aos profissionais de imprensa, em especial, os virtuais. “Sempre acontece algum tipo de ataques na internet, crimes virtuais e cibernéticos a gente recebe denúncias há algum tempo”, afirmou.
Kerinson conta que durante a ditadura militar esses ataques contra a instituição eram frequentes. Na época, duas bombas chegaram a ser jogadas contra a sede da instituição.
Em 1994, houve um atentado a bomba. Segundo ele, o último episódio aconteceu devido a uma série de reportagens que denunciavam crimes cometidos por “uma banda podre da Polícia Militar”. Todos os ataques foram durante a madrugada. Não houve feridos.
Esses ataques não são isolados. No último dia 5, o presidente Jair Bolsonaro mandou jornalistas que o entrevistavam calarem a boca.
Monitoramento
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) afirma que em 2019 a mídia profissional sofreu 11 mil ataques por dia via redes sociais. A média é de sete agressões por minuto. Os dados estão no relatório anual sobre Violações à Liberdade de Expressão.
De acordo com monitoramento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj),”somente no ano de 2020 Bolsonaro proferiu 179 ataques à imprensa, sendo 28 ocorrências de agressões diretas a jornalistas, duas ocorrências direcionadas à Fenaj e 149 tentativas de descredibilização da imprensa”.
O órgão aponta que somente no mês de abril, foram 38 ocorrências, sendo seis ataques a jornalistas e 32 casos de descredibilização da imprensa.
No último dia 3, em ato pró-Bolsonaro, na Esplanada dos Ministérios, manifestantes agrediram fisicamente jornalistas que cobriam o ato. “Os profissionais que foram alvo da violência pertenciam aos veículos Folha de S.Paulo, Poder 360, Estadão e Os Divergentes e os relatos dos quais o sindicato tomou conhecimento dão conta de que as agressões incluíram socos, empurrões e pontapés, em um ato de extremo desrespeito e violência contra a dignidade dos trabalhadores em questão”, afirmou a Fenaj.
No dia 2 de maio, em Curitiba, o repórter cinematográfico da RICTV, filiada da Record no Paraná, Robson Silva, foi alvo de agressão física durante cobertura do depoimento do ex-juiz Sergio Moro na Polícia Federal, e quase teve o equipamento danificado.
Sou totalmente contra violência, mas será que não chegou a hora da imprensa fazer um mea culpa? A imprensa, tem sim lado, e isso todos estão vendo. o contrabando estratosférico de cigarros, é um exemplo de como a imprensa tem culpa, pois a mesma está ao lado de ONGs e ativistas de saúde, principalmente antitabaco, e quando o governo tenta resolver o problema, a imprensa chama todos os órgãos de saúde, mete no jornal, para jogar a sociedade contra. A imprensa é culpada também, por omitir informações, o câncer de pulmão é epidemia em não fumantes, e pior aumenta a niveis galopantes em não fumantes, e a imprensa calada para não alertar a sociedade, que por 60 anos, passou falsas informações. Esse do cigarro, é apenas um exemplo. Porém como eu disse, sou contra violência, e espero que descubram os responsáveis, porém a imprensa deve sim, fazer um mea culpa.
Sou jornalista. Não tenho provas mas como são anônimos que fizeram posso afirmar: “isso é coisa da esquerda pra forçar a narrativa de que a Direita é violenta”. Ridicula tentativa. Porém tem o Sindicato, que é de esquerda, pra fazer escândalo etc. Lembro que nas manifestações de 2013 jornalistas apanhavam dos movimentos da eswuerda, em especial dos “colaboradores ” da Midia Ninja e o Sindicato só dava notinha, sem um pingo de indignação. No Rio essa atitude indigna gerou um movimento pra retirar a diretoria do Sindicato dos jornalistas que, como sempre, chamam os “cumpanheiros” dos petroleiros, mst, dos Professores etc e tumultuaram a plenária. São assim, indignados seletivos.