Concurso para auditor do Mapa tem problemas em duas capitais
O concurso para auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), realizado nesse domingo (26) em todo o país, teve problemas em pelo menos duas cidades: Porto Alegre e Teresina. Nesses municípios, candidatos relataram que havia provas com as páginas trocadas e cadernos com questões repetidas. Na capital do Piauí, segundo o site G1, um grupo de 20 candidatos foi até o 2º Distrito Policial para registrar boletim de ocorrência.
O concurso é para o preenchimento de 300 vagas de auditor fiscal e ocorreu simultaneamente em todas as capitais. Mais de 19 mil pessoas se inscreveram. O salário inicial é de R$ 14.584,71. O certame foi organizado pela Escola de Administração Fazendária (Esaf).
Colégio Helvídio Nunes
Em Teresina, o problema ocorreu no colégio Helvídio Nunes, em Teresina. Ao G1, a fiscal estadual agropecuária Elaine Cristina Dantas contou que dois dos quatro cadernos de questões preparados para o concurso apresentaram problemas.
De acordo com ela, alguns candidatos receberam duas provas de língua estrangeira, em vez de apenas uma. Outras, acrescentou, tinham questões a menos, com numeração errada ou páginas trocadas.
Ainda segundo Elaine, a organização do concurso decidiu que os candidatos com cadernos defeituosos poderiam trocar entre si as páginas que faltavam, enquanto os demais continuariam a responder a prova normalmente. “Os candidatos começaram a trocar as folhas, algumas já estavam riscadas”, disse Eliane.
A última solução apresentada pela organização do concurso foi pedir que dois fiscais saíssem do local para fazer novas cópias dos cadernos de questões que faltavam. Insatisfeitos, dezenas de candidatos deixaram o local da prova,
Três horas após o horário oficial de início do concurso, os fiscais voltaram ao colégio com as cópias. “A prova teve de sair do local para ser xerocada em pleno domingo”, reclamou a médica veterinária Cleide Selma Alves, que viajou de Tutóia (MA) para concorrer a uma das vagas. Para ela, o concurso está viciado. “O que sair de resultado não tem validade”.
Faculdade São Francisco de Assis
Em Porto Alegre, noticiou o site do Correio do Povo, houve confusão em uma das salas da Faculdade São Francisco de Assis, na Avenida Sertório. Segundo relatos, mesmo com a prova em mãos, os candidatos demoraram mais de uma hora para começar a responder as questões. Houve inclusive discussão entre alguns candidatos e fiscais da prova.