Recursos do BB para o crédito rural crescem 25% no 2º semestre

Os recursos do Banco do Brasil para o crédito rural aumentaram 25% no segundo semestre deste ano frente ao mesmo período em 2016. A informação foi dada pelo diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio da Costa, em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O total liberado pela instituição financeira chegou a cerca de R$ 300 bilhões.
Para Marco Túlio, o resultado é consequência de uma parceria cada vez mais estreita com o setor agropecuário. “Estamos comprometidos com os produtores rurais. A FPA é o nosso canal de comunicação com o setor agropecuário. Continuaremos ouvindo os anseios do setor e buscando soluções que atendam a todos os segmentos em quaisquer situações”, ressaltou.
As recentes medidas anunciadas pelo BB atenderam as demandas dos produtores de arroz do Rio Grande do Sul e Paraná, de maçã de Santa Catarina e de leite em várias regiões do país.
De acordo com a FPA, todos esses segmentos sofreram mudanças bruscas devido ao alto custo de produção no mercado interno provocado pela concorrência desleal e peka competitividade dos produtos importados frente aos nacionais.
“A abundância da matéria prima causa efeito automático sobre o preço do produto. As dificuldades enfrentadas estavam impactando diretamente no rendimento e no capital dos pequenos e no seu acesso ao crédito e no pagamento de dívidas”, disse Marco Túlio.
Na reunião, os parlamentares da FPA reconheceram os avanços alcançados com as parcerias não só com o BB, mas também com o Banco do Nordeste. No entanto, demonstraram preocupação com alguns prazos de renegociações de dívidas de crédito rural que se encerram no fim deste ano, principalmente às da agricultura familiar.
A vice-presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (sem partido-MS), ressaltou a importância do diálogo com o BB e instituições financeiras que operam com crédito rural. A deputada já sinalizou uma nova reunião com o BB para tratar não só da prorrogação dos prazos apertados, mas também das condições oferecidas aos pequenos produtores nas renegociações.
O BB também anunciou a nova plataforma tecnológica para acesso mais ágil ao credito rural, o Custeio Digital. Agora, o produtor poderá solicitar o crédito por meio de telefone ou tablet. Segundo Marco Túlio, uma operação que durava cerca de 20 dias vai demorar um dia. Para avaliação de imóvel rural, por exemplo, o tempo passará de 30 dias para 44 segundos.