Complexo portuário de Porto Velho movimenta R$ 14 mi em cargas

O complexo portuário de Porto Velho movimentou em 2017 aproximadamente R$ 14 milhões em cargas, principalmente grãos e derivados de petróleo, segundo a Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega).
Dos 18 portos da capital rondoniense, o Porto Público foi o que teve que a maior movimentação: cerca de R$ 2,5 milhões em cargas, em torno de 85% de grãos. Também foi expressiva a circulação de carnes e madeiras.
O bom desempenho é atribuído às ações de modernização do porto. Entre as medidas, estão o monitoramento eletrônico e a implantação do Sistema Eletrônico de Informação (SEI).
O trabalho é resultado do projeto de revitalização da gestão do porto, que começou a ser executado, em 2017, pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph) e a equipe de planejamento estratégico do governo estadual.
Por meio de convênio com a União, o estado renovou os equipamentos do porto, com a aquisição de empilhadeiras, caminhão, pá-carregadeira, rampas automatizadas e a substituição de balanças com 25 anos de uso. O investimento foi de cerca de R$ 8 milhões.
Está prevista ainda a construção da nova sede administrativa em uma área anexa ao terminal, orçada em R$ 5,5 milhões. Também serão destinados cerca de R$ 3 milhões a um novo armazém para cargas em geral, restauração de vias e pátios do porto e reforma do cais flutuante.

Caminho dos bons negócios
Segundo o presidente da Soph, Francisco Leudo Buriti, o porto é estratégico para o desenvolvimento socioeconômico de RO. ‘‘O Porto Público de Porto Velho é o caminho dos bons negócios. Por ele, passa o que se produz no noroeste de Mato Grosso, em Rondônia e no Acre.”
“As exportações e importações do agronegócio são movimentadas pelo porto”, reforça Buriti. Pelo porto – acrescenta – chegam, por exemplo, os fertilizantes, tão importantes para o desenvolvimento das lavouras de RO.
Além disso, ressalta Buriti, o porto é o único da Amazônia Legal com serviço alfandegário. ‘‘Temos a Receita Federal, o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], o Ministério da Agricultura e a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], órgãos necessários para o despacho das mercadorias para exportação.”
Com todas as condições para embarque e desembarque de mercadorias, o porto tem atraído o interesse de investidores de outras partes do mundo. Empresários europeus e da China, do Japão, da Coreia e de Cingapura têm visitado o local para ver as suas vantagens.
A Bolívia é dos países que está se beneficiando do Porto Público. Desde o ano passado, ela usa o terminal para exportar castanha.
‘‘Não adianta investir só em estradas para escoar a produção. É preciso também investir em portos”, avalia Buriti. Ele destaca ainda o surgimento dos novos portos da iniciativa privada. “São necessários porque só o Porto Público não suportaria o crescimento.”
A drenagem do Rio Madeira é apontada como fundamental para impulsionar o transporte fluvial, o que garante a navegação durante o ano inteiro. ‘‘No início de 2017 foi assinado o contrato de cinco anos e começou o trabalho de dragagem. O estado está cuidando daquilo que lhe cabe: estradas, portos e hidrovia’’, enfatiza Buriti.
Da redação, com informações do governo de RO