Crédito rural: contratação cresce 12,4% e alcança R$ 92,1 bi

Os médios e grandes produtores rurais tomaram R$ 92,1 bilhões em empréstimos por meio do crédito oficial na atual temporada agrícola (2017/2018). O valor referente aos financiamentos para as atividades de custeio, comercialização, industrialização e investimento, entre julho do ano passado e fevereiro deste ano, representa aumento de 12,4% em relação ao que foi contratado em igual período da safra anterior.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em percentuais, os maiores aumentos de financiamento foram para comercialização e investimentos, de 32,7% e de 25,3%, respectivamente. Já em valores, o crédito de custeio lidera, alcançado R$ 52,3 bilhões, com acréscimo de 3,4%.
Do total de recursos disponíveis para o crédito rural na safra 2017/18, já foram utilizados 49%. Segundo a SPA, isso reflete a normalidade no atendimento da demanda de financiamento dos produtores rurais.
Conforme a SPA, houve subutilização de recursos obrigatórios oriundos dos depósitos à vista dos bancos comerciais. Isso porque a disponibilidade foi significativamente ampliada devido à exclusão da possibilidade de uso para financiamento de estocagem de produtos agrícolas por empresas cerealistas e agroindustriais e pelas cooperativas de produtores rurais na atividade de beneficiamento ou industrialização.
Na avaliação da SPA, o aumento de 25,3% nas contratações de crédito para investimentos é indicador da retomada dos investimentos agropecuários, com destaque para os programas de Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que subiu 50,8%; de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra), com elevação de 81,4%, de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), mais 98%; e de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), que teve alta de 129%.
A SPA informa ainda que contratações de crédito rural, com recursos provenientes da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), aumentaram de R$ 10 bilhões para R$ 14,4 bi. Isso, assinala nota divulgada pelo Mapa, revela o acerto do direcionamento desses para o financiamento da agricultura, como parte do esforço de ampliar a disponibilidade do crédito rural e de diversificação das fontes de financiamento.
Da redação, com informações do Mapa