Projeto beneficia comunidades quilombolas do Tocantins

A Embrapa e parceiros estão começando, no interior do Tocantins, o projeto piloto de transferência de tecnologias para segurança alimentar utilizando o chamado sisteminha da empresa. É uma tecnologia simples, que alia produção de proteína animal, geralmente peixe, com o uso de pequenas áreas por meio de cultivos como hortas, milho e verduras.
Originalmente desenvolvida pela Embrapa Meio-Norte, no Piauí, a tecnologia vem sendo implantada em diferentes regiões do país. Agora, é a vez de o Tocantins conhecer melhor o sisteminha através do projeto Prato Cheio.
Analista de transferência de tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e coordenadora do projeto, Marcela Mataveli diz que o objetivo é levar segurança alimentar e nutricional às famílias quilombolas beneficiadas.
Estão sendo implantados 20 sisteminhas em Brejinho de Nazaré, município do centro-sul do estado. São 15 na comunidade Malhadinha e cinco na comunidade Córrego Fundo.
Já em Almas, sudeste do TO, serão sete sisteminhas: um no Colégio Agropecuário e seis nas comunidades Baião e Poço Dantas, três em cada.
A participação das comunidades de Almas é pelo interesse que demonstraram em trabalhar com piscicultura e por na região já haver o projeto barraginhas, que capta água de chuva para recarregar o lençol freático.
Os quilombolas que receberão os sisteminhas foram escolhidos entre eles próprios, sem indicação externa da Embrapa ou do Ruraltins. Marcela considera positivo o interesse dos selecionados. “Está todo mundo muito engajado. A gente espera que, de fato, o sisteminha possa contribuir com a vida dessas pessoas.”
Da redação, com Embrapa Pesca e Aquicultura