Estruturação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas mobiliza categoria

A estruturação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, criado no mês passado com sanção da Lei nº 13.639 pelo presidente Michel Temer, exigirá o engajamento da categoria em todo o país. Essa foi uma das principais conclusões da abertura do VI Encontro Nacional de Lideranças dos Técnicos Agrícolas, realizado na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
O evento, promovido pela Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (Fenata), começou nessa segunda (23) e termina na quarta-feira (25). Mais de 70 lideranças da categoria, representando associações e sindicatos de 20 estados e do DF. participam do encontro, cujo objetivo é debater a implementação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas.
O arquiteto Haroldo Pinheiro, ex-presidente do Conselho Federal dos Arquitetos e Urbanistas (CAU), foi o convidado do primeiro dia do evento para falar sobre como implantar um conselho federal de uma categoria profissional. Ele participou da estruturação do CAU e apontou as dificuldades enfrentadas nesse processo.
Segundo Haroldo Pinheiro, parte dos obstáculos surgidos para estruturação do CAU foi criada pelo Sistema Confea/Creas (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia), contrário a desvinculação dos arquitetos e urbanistas dessas entidades.
Os técnicos agrícolas também têm registro profissional no Confea/Creas e podem passar por situação semelhante, alertou o ex-presidente do CAU.
Quase 30 anos de luta
Na parte inicial do primeiro dia de evento, o presidente da Fenata, Mário Limberg, fez uma reconstituição histórica dos quase 30 anos de luta pela criação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas e seus respectivos conselhos regionais. Ele apresentou documentos e fotos que mostram a mobilização da categoria desde 1991 até o dia 26 deste ano, quando o presidente Michel Temer sancionou a Lei nº 13.639.
“Tudo começou em 1991, ano em que apresentamos o primeiro projeto de lei para criação do Conselho Federal de Técnicos Agrícolas exclusivo”, recordou o presidente da Fenata. “Embora aquela proposta não tivesse alcançado o objetivo esperado à época, a categoria nunca desistiu do conselho próprio e sempre apoiou a Fenata, as associações e os sindicatos que nos acompanham nesta luta que acabamos vencendo agora.”
A emoção provocada pelo relato de Mário Limberg veio acompanhada da certeza de que ainda há muito por fazer até a estruturação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas. E de que, tanto quanto em outras ocasiões, a categoria precisará de uma intensa mobilização para implementar o Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, enfatizou o presidente da Fenata.