Identificado no PR 1º foco de ferrugem asiática da soja nesta safra

O primeiro foco de ferrugem asiática da soja, em área comercial, na safra 2018/2019, ocorreu em Porto Mendes, no Paraná. O registro foi feito pela cooperativa Copagril, membro do Consórcio Antiferrugem e, posteriormente, o Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, de Cafelândia (PR), confirmou a identificação.
Conforme o agrônomo da Copacol, Tiago Madalasso, houve uma antecipação de aproximadamente 15 dias da ocorrência da doença na região noroeste do PR. “Esta antecipação ocorreu porque 50% da semeadura na região também foi aproximadamente 15 dias mais adiantada”, explica.
“Historicamente”, acrescenta o agrônomo, “os cultivos de soja na região ocorrem no final de setembro e, nesta safra, houve uma antecipação para o começo do mês, logo após o final do vazio em 10 de setembro”.
Madalosso destaca também o ambiente o favorável para o avanço da doença, com favorecimento de molhamento foliar e temperatura entre 20 e 25ºC.
A orientação da pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, é para que os produtores da região noroeste do Paraná não descuidem do controle da doença, uma vez que as condições estão favoráveis para o desenvolvimento da ferrugem.
Além desse foco em área comercial, o site do Consórcio Antiferrugem (www.consorcioantiferruge.net) tem mostrando a presença de soja voluntária com ferrugem em várias regiões produtoras, indicando a presença do fungo.
“As chuvas frequentes que favorecem a doença, muitas vezes impedem a aplicação de fungicidas”, observa a pesquisadora da Embrapa. “E é importante manter a lavoura protegida, uma vez que a eficiência curativa dos fungicidas atualmente disponíveis é baixa.”
Cláudia Godoy orienta ainda os produtores a consultarem os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os multissítios para aumentar a eficiência de controle. Consulte a publicação: Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2017/2018: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos.
“Os produtores e técnicos que encontrarem ferrugem nas lavouras podem auxiliar a divulgar a informação, levando as folhas para as cooperativas e outros membros Consórcio Antiferrugem para atualizar o site”, diz Cláudia.
Da redação, com Embrapa Soja