Brasil busca investimentos para impulsionar ainda mais o agro

O agronegócio brasileiro precisa com urgência de investimentos em infraestrutura, principalmente em ferrovias, hidrovias, rodovias, locais de armazenagem de produtos, irrigação e energia, disse a ministra Tereza Cristina a investidores e executivos de grandes bancos, em Nova York, durante evento promovido pelo Banco do Brasil e pela Brazilian American Chamber of Commerce.
Durante o encontro, nessa quarta-feira (20), Tereza Cristina enfatizou que o setor privado terá papel fundamental no aumento de investimentos no Brasil.
O produtor brasileiro, assinalou a ministra, já usa tecnologia de ponta e tem alcançado índices de produtividade elevados. Nos últimos 40 anos, acrescentou, o país aumentou a produtividade em 330%, com expansão de área plantada de apenas 33%, mas ainda sofre com o gargalo na infraestrutura, que encare os custos de produção e reduz a margem de lucro.
“A agricultura brasileira está no caminho certo, mas o grande gargalo é a infraestrutura. É fundamental, para que o agronegócio continue sendo bem-sucedido e tenha competitividade nos mercados internacionais, que tenhamos [novos projetos de] ferrovias, hidrovias, rodovias, armazenagem, irrigação e energia”, afirmou a ministra.
Em relação à produção de energia, Tereza Cristins lembrou que Brasil tem muitas fontes além das hidrelétricas e que o setor rural vem fazendo seu papel ao fornecer energia através da biomassa. Mas explicou que um país de dimensões continentais como o Brasil, e com tantas diferenças regionais, precisará sempre de mais energia para crescer.
“Enfim, o Brasil é um país com muito a fazer na parte de infraestrutura. E aí está a grande oportunidade para os investidores que queiram ir para o Brasil”, destacou a ministra.
Tereza Cristina disse aos investidores que o governo brasileiro passa por um novo momento com a eleição de Bolsonaro. Os eleitores querem mudanças no país e, para isso, pedem investimentos também em educação, saúde, segurança pública.
Na economia, segundo ela, a PEC do Teto de Gastos, aprovada ainda na gestão do ex-presidente Michel Temer, deu “um freio de arrumação” nas contas públicas, preparando o país para aumentar suas taxas de crescimento.
Da redação, com Mapa