Deputado quer produtores em programa de renegociação de dívidas da Caixa

O deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) quer incluir os produtores rurais – principalmente os dos setores que vivem um momento de dificuldades, como os de arroz, alho, café, cana, pecuária de leite, pecuária de corte e trigo, entre outras – no programa de renegociação de dívidas que a Caixa Econômica Federal está prestes a lançar. Por seu intermédio, o banco deverá conceder descontos de até 90% nos débitos dos correntistas. O objetivo da instituição é recuperar pelo menos R$ 4 bilhões que hoje são considerados perdas bancárias.
“A iniciativa da Caixa é extremamente bem-vinda”, destaca Jerônimo Goergen. Para ele, o programa pode ser aplicado perfeitamente ao setor produtivo rural. Conforme dados oficiais, as dívidas agrícolas no sistema financeiro superaram R$ 300 bilhões em 2017.
“Se considerarmos apenas a inadimplência oficial, de aproximadamente 1,5%, seria possível injetar outros R$ 4,5 bilhões na economia”, calcula Jerônimo Goergen.
Já o deputado Evair de Melo (Progressistas-ES) reforçou a necessidade de estender a medida para a agricultura. “Trata-se da mesma fonte, dos mesmos recursos. Com isso, o governo demostra que tem dinheiro para fazer amortização de dívidas”, assinalou Melo.
Nesta quarta-feira (22), os parlamentares vão se reunir com o presidente do BNDES, Joaquim Levy, e pretendem apresentar a proposta. No encontro também serão discutidas as adequações da linha de repactuação de dívidas agropecuárias criada pelo banco para atender ao elevado grau de endividamento no campo.
A expectativa dos deputados é que a instituição possa oferecer até R$ 20 bilhões para a renegociação de débitos contraídos dentro e fora do sistema financeiro. A operacionalização deve ser facilitada com a instituição do Fundo de Aval Fraterno (FAF), mecanismo que será criado pelo governo por meio de medida Provisória. O FAF reunirá produtores rurais, empresas, bancos e o próprio BNDES. Juntos, eles formarão um colchão de garantias para viabilizar a tomada dos recursos.
Pena que a Caixa não renegocia mesmo que o dinheiro seja do BNDES, porque ela e superior a tudo no governo. Ela e filha da puta