Agro reforça rejeição à tabela do frete; pressão para eliminá-la deve crescer

Da redação/AGROemDIA
Uma das maiores preocupações do agronegócio, hoje, é a tabela do frete rodoviário, criada no ano passado pelo governo federal durante a negociação para suspender a paralisação nacional dos caminhoneiros. O tabelamento foi uma das principais queixas feitas pelos representantes de cerca de 50 entidades do setor rural que se reuniram nesta semana, em Brasília, para começar a elaborar uma agenda comum de reivindicações do agro para enviar ao Executivo, Legislativo e Judiciário.
A reunião, realizada na quinta-feira (23), foi articulada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e Instituto Pensar Agro (IPA). Ficou acertado que que cada entidade enviará suas reivindicações para a CNA consolidá-las. Depois, a agenda comum será apresentada aos demais setores da economia para que também se envolvam no debate.
Citada várias vezes no encontro, a tabela do frete tem lugar garantido entre os temas a serem incluídos na pauta única. “O tabelamento do frete está incomodado muito o agro”, disse ao AGROemDIA o diretor-executivo da Anapa (Associação Nacional dos Produtores de Alho), Ronaldo Troncha, que também representou a Anace (Associação Nacional dos Produtores de Cebola).
Petição
A cadeia produtiva agrícola, em sua maioria, defende o fim da tabela do frete por entender que ela fere a livre concorrência e causa insegurança jurídica. Nesta semana, a CNA ajuizou, no Supremo Tribunal Federal (STF), pedido de liminar para suspender a eficácia jurídica dos últimos normativos da Agência Nacional de Transportes Terrestres que aumentaram os valores da tabela.
Na petição, a CNA solicita ainda que não haja qualquer outro ato normativo que aumente o valor da tabela até o julgamento pelo plenário do STF das ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) – a CNA é autora de uma dela – que contestam a política do frete.
Reunião
O executivo da Anapa também destacou o ineditismo da reunião. “É importante buscarmos, de forma unida, soluções para os problemas comuns do agro. E nada melhor que isso seja feito sob a coordenação da CNA, OCB, FPA e IPA.”
Ronaldo Troncha lembrou ainda que o setor rural, apesar de ser o mais exitoso da economia brasileira, ainda enfrenta muitos obstáculos. “É preciso removê-los para que a cadeia produtiva agrícola possa crescer ainda mais, gerando emprego e renda.”
Entre outras entidades, participaram da reunião a ABPA (Associação Brasileira dos Produtores de Abacate), Abrapa (algodão), ABPA (proteína animal), Aprosoja (soja), Abramilho (milho), Assocon (Associação Nacional de Pecuária Intensiva), ABHB (Associação Brasileira de Hereford e Braford ), Vialácteas, Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), Feplana (Federação dos Plantadores de Cana do Brasil) e Sindag (aviação agrícola).
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