Em menos de 4 anos, Mais Leite Saudável beneficia 63,7 mil produtores

Desde o seu lançamento, em outubro de 2015, o programa Mais Leite Saudável beneficiou 63.706 produtores, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em média, entre 10 mil e 15 mil novos pecuaristas de leite ingressam anualmente no programa e cerca de 25 mil a 30 mil são atendidos por ano com assistência técnica, educação sanitária ou melhoramento genético.
Entre os estados com maior número de produtores beneficiados estão o Rio Grande do Sul (18.230), Minas Gerais (18.222), Santa Catarina (11.666), Paraná (4.734) e Mato Grosso (3.360).
Quase R$ 240 milhões, segundo o Mapa, foram investidos em projetos de fomento, gerando aos laticínios participantes R$ 4,5 bilhões em créditos presumidos, disponibilizados em forma de compensação de impostos ou monetização.
Conforme o Mapa, os benefícios do programa incluem o aumento da rentabilidade, da produtividade e da competitividade. A iniciativa também apoia a adoção de boas práticas agropecuárias, a certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose, o melhoramento genético de rebanhos, a qualidade do leite (contagem de células somáticas e bacterianas) e microbiológica, além da redução da mortalidade de bezerras.
Impacto na cadeia produtiva
De acordo com o Mapa, produtores, laticínios, técnicos de campo e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovem o fomento para pequenos e médios pecuaristas de leite, com impacto positivo no desenvolvimento de 2.068 municípios em mais de 20 estados.
Com mais de 600 projetos aprovados, dos quais 385 em vigência, o programa não está restrito apenas a estabelecimentos sob Inspeção Federal. De 440 laticínios participantes, 76,4% estão sob inspeção Federal (SIF) e 23,6% sob inspeção estadual ou municipal (SIM ou SIE).
O Mais Leite Saudável não se restringe à bovinocultura de leite, podendo contemplar projetos para bubalinocultura e caprino e ovinocultura, assinala o Mapa.
Cerca de metade dos projetos em execução são de assistência técnica e gerencial. Outras ações são desenvolvidas nas áreas de melhoria da qualidade do leite (38,7%); melhoramento genético (6,8%); implementação de manejo sanitário, incluindo controle de brucelose e tuberculose (3%); e redução da taxa de mortalidade de bezerras 0,5%.
O Programa Mais Leite Saudável passou a ser estratégico do Mapa. A meta é atender 150 mil produtores até 2035. A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, responsável pela gestão do programa, ressalta que há muito espaço para expandir a iniciativa.
Uma das ferramentas para sua expansão é o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), instituído pela Instrução Normativa 77, de novembro de 2018. A coordenação (CBPA) tem realizado seminários em todas as regiões do país para divulgar o programa e o plano.
Qualificação de fornecedores de leite
A implementação do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) é obrigatória aos laticínios. A ferramenta funciona como controle e aproximação da sua relação com os produtores, visando dar maior segurança ao consumidor e impulsionar a atividade.
“A obrigatoriedade de possuir um plano de qualificação amplia a assistência técnica aos produtores por parte dos laticínios, o que resulta em melhoria da produtividade, da qualidade e, consequentemente, da competitividade na cadeia leiteira nacional”, pontua o coordenador de Boas Práticas e Bem-Estar Animal da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Rodrigo Dantas.
A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), responsável por coordenar o acompanhamento da execução das ações dos planos de qualificação em todo país, publicou em maio deste ano o Guia Orientativo para Elaboração do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite.
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