Após RS, farinha de arroz pode ser incluída na merenda escolar de todo país

Depois de ser incluída na alimentação dos alunos da rede pública de ensino do Rio Grande do Sul, a farinha de arroz pode entrar no prato dos estudantes das escolas federais, estaduais e municipais de todo o país. A proposta está sendo discutida pelo Ministério da Cidadania, Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Além de oferecer aos estudantes do ensino público brasileiro um produto de alto valor nutritivo, a inclusão da farinha de arroz é mais uma opção para fortalecer o setor arrozeiro, das lavouras às agroindústrias. Rio Grande do Sul e Santa Catarina respondem por mais de 80% da produção nacional do cereal, mas o beneficiamento é feito por indústrias em todo país.
O assunto está sendo tratado por meio de acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Cidadania, a Federarroz e o Irga. O ministro Onyx Lorenzoni e o secretário nacional de Inclusão Social e Produtiva Rural, Ênio Marques, estão acompanhando as discussões, informou o representante da Federarroz em Brasília, José Carlos Pires.

“A farinha agrega valor ao arroz”, assinala Pires, acrescentando que a agroindústria precisa intensificar as ações voltadas aos derivados do cereal. “Neste aspecto, a indústria de Santa Catarina está mais adiantada do que a do Rio Grande do Sul”, observa o representante do Irga.
No RS, a inclusão da farinha de arroz na alimentação das escolas públicas estaduais foi aprovada no fim do primeiro semestre deste ano pela Assembleia Legislativa. A lei foi sancionada pelo governador Eduardo Leite no início de julho.
A inclusão dos coprodutos do arroz na alimentação escolar é um dos pilares do Programa de Valorização do Arroz (Provarroz) do Irga. Além do instituto, a medida também era reivindicada pela Confraria do Arroz, movimento que reúne produtoras e produtores do cereal no RS.