Brasil

Parlamentares do PT querem aproveitar CPI do MST para defender agricultura inclusiva

Deputado Nilto Tatto, coordenador do PT na CPI do MST – Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Nilto Tatto (SP) vai coordenar a participação do PT no CPI do MST, instalada na semana passada para investigar as atividades do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. A Comissão Parlamentar de Inquérito é presidida pelo deputado tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) e o relator é o deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Os parlamentares contrários à CPI não terão nenhuma cadeira na mesa diretora da CPI. Além disso, dos 54 membros da comissão, titulares ou suplentes, 40 são deputados ruralistas, ligados à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e apenas 14 favoráveis à democratização da terra. “É natural que o grupo político que protocolou a CPI possa nomear quem conduz os trabalhos”, diz Nilto Tatto.

Com amplo conhecimento sobre as atividades do MST, o Tatto ressalta que há várias motivações para a CPI, mas nenhuma delas justificaria sua instalação. “Querem não apenas criminalizar o movimento de luta pela terra, como também barrar a reforma agrária e as políticas de combate à fome adotadas pelo governo Lula.”

Para Tatto, “com a distribuição de milhares de toneladas de alimentos para a população mais pobre durante a pandemia, o MST mostrou que é capaz de fazer mais pelo povo brasileiro do que o agronegócio.”

“Quem aterroriza o campo não é o MST, é o trabalho análogo à escravidão, mas para apurar estes crimes a oposição faz vista grossa. Se querem usar a CPI para atingir o governo e acabar com a organização dos trabalhadores, queremos aproveitar esta vitrine para dizer que um outro modelo de agricultura, mais saudável e sustentável, social, econômica e ambientalmente, não só é possível, como já vem sendo praticado pelo MST.”, enfatiza Tatto.

 

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