Febre amarela: Sindag oferece aviões para combater mosquitos com larvicidas biológicos

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) ofereceu ao governo federal aviões para aplicar larvicidas biológicos em áreas rurais com surto de febre amarela em São Paulo e Minas Gerais. Apesar de não ser comum no Brasil, a aviação já foi utilizada com sucesso no combate a mosquitos em SP em 1975, lembra o presidente do Sindag, Júlio Kämpf.
Em ofício encaminhado ao Ministério da Agricultura, esta semana, o Sindag informa que as operações poderiam ser feitas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que recentemente desenvolveu um bioinseticida capaz de eliminar larvas de mosquitos sem prejudicar outros animais.
O avião já é muito usado em campanhas contra mosquitos em vários países da América Latina, diz Kämpf. “Estamos oferecemos aeronaves e equipes de terra. Precisaríamos dos técnicos da área sanitária para acompanhar e avaliar as aplicações do produto a ser utilizado.”
Nas áreas rurais, conforme o Sindag, é quase impossível usar o fumacê por terra, como ocorre nas cidades. Além disso, acrescenta a entidade, o uso de um produto biológico no nascedouro dos mosquitos ajudaria a prevenir a intoxicação das pessoas por causa do emprego excessivo de inseticidas domésticos.
Em 1975, três cidades da Baixada Santista (Mongaguá, Peruíbe e Itanhaém) sofriam com surto de encefalite causada por uma infestação de mosquitos Culex. A Embraer cedeu, então, um avião agrícola para pulverização. Em duas semanas, com a ajuda de ações em terra em áreas rurais e urbanas, o surto foi eliminado.