Produção integrada: SindiTabaco mostra experiência a setores do agro

A experiência da cadeia do tabaco com a produção integrada desperta cada vez mais o interesse de outros setores do agro. É o que mostra, por exemplo, a visita de representantes da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, de Campinas (SP), e da Feltrin Sementes Ltda., de Farroupilha (RS), à sede do SindiTabaco, em Santa Cruz do Sul.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, e o assessor da diretoria, Carlos Sehn, receberam as duas comitivas, nessa quinta-feira (18). Eles repassaram aos visitantes informações sobre o centenário Sistema Integrado de Produção de Tabaco e sobre a Lei da Integração (Lei 13.288/2016).
Schünke e Sehn destacaram que a Lei da Integração exige a criação de estruturas em cada cadeia produtiva, como o Fórum Nacional de Integração (Foniagro) e a Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec), para apoiar a sua implementação.
O SindiTabaco teve grande participação na elaboração do texto da lei, desde 2010 até a sua aprovação, em 2016. A experiência do setor, ressaltou Sehn, norteou inúmeros debates com parlamentares e lideranças de diversas entidades do agronegócio.
“O setor de tabaco está ajustado à nova lei, que, acima de tudo, assegura ainda mais transparência na relação entre os produtores integrados e as integradoras, além de garantir segurança jurídica ao sistema de integração”, diz o assessor da diretoria do SindiTabaco.

Marco regulatório
De acordo com o SindiTabaco, a Lei da Integração é um marco regulatório nas relações de integração do agronegócio, visando disciplinar o sistema de produção integrada. Além disso, serve como mecanismo de difusão da integração como modelo para as cadeias produtivas do agronegócio, possibilitando o seu fortalecimento.
Durante a apresentação às comitivas de visitantes, o SindiTabaco também apresentou os principais dados do setor. Em 2017, as exportações brasileiras de tabaco totalizam 462 mil toneladas, representando US$ 2,09 bilhões.
Hoje, 150 mil produtores cultivaram 299 mil hectares com tabaco em 566 municípios – a maioria no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No país, são 600 mil pessoas envolvidas na produção rural e 40 mil empregos diretos nas indústrias.