Aftosa: vacina com dose reduzida só será aplicada no 2º semestre

A aplicação da vacina contra a febre aftosa em dose reduzida de 2 mililitros começará apenas a partir da segunda etapa da campanha nacional de imunização dos rebanhos bovinos e bubalinos, no segundo semestre deste ano, informou nesta quarta-feira (24) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“É importante que o pecuarista não procure as vacinas com a nova formulação agora em maio”, disse o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel. A redução da dose da vacina consta da Instrução Normativa nº 11 do Mapa.
Um dos principais objetivos da mudança na vacina é diminuir o volume de óleo mineral, com consequente redução de reações alérgicas nos animais.
“Trabalhamos muitos anos com a dose de 5 mililitros. Agora, a transição precisa ser feita de maneira adequada com todas a vigilância necessária para mantermos as mesmas garantias”, assinalou Rangel.
Segundo o secretário, 100% das vacinas produzidas no Brasil contra aftosa são testadas pelos Lanagros, os laboratórios oficiais agropecuários do Mapa. “Também há vigilância no mercado para garantir a eficiência da vacina.”
Imunização
Rangel assegurou que o produtor pode ter tranquilidade em relação ao novo produto, “porque ele estará atestado pelo ministério e com a segurança necessária”.
O secretário observou ainda que o mesmo cuidado em relação ao produto deve haver com o manejo. A aplicação da vacina, salientou, é fundamental para eficiência da imunização. Por isso, acrescentou, é importante que o pecuarista seja capacitado para aplicar a nova dose.
“Para assegurar a transição saudável, que vá além do cuidado com o insumo, fizemos parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e o Senar.”
De acordo com Rangel, o mais importante para o Mapa é fazer com que a imunização tenha segurança e eficiência para manter o status sanitário do Brasil de livre da doença com vacinação.
“Trabalhamos há 50 anos com a erradicação dessa doença no Brasil. A vacinação foi ferramenta fundamental para atingirmos o status atual”, pontuou.
O país espera ter a condição de livre da doença com vacinação reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio deste ano. Santa Catarina é o único estado livre sem vacinação.
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) apresenta as ações que serão desenvolvidas nos próximos 10 anos para o Brasil se tornar área livre de aftosa sem vacinação a partir de 2023.
Da redação, com informações do Mapa