Tocantins não receberá arroz a ser leiloado no RS
O Tocantins não será incluído na lista de recebedores do arroz a ser leiloado pelo governo federal no Rio Grande do Sul. A garantia foi dada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, durante reunião, em Brasília, com entidades do agronegócio e da indústria do Tocantins e de outros estados e o deputado federal Lázaro Botelho (Progressistas-TO).
A entrada no TO do cereal a ser leiloado no RS afetaria diretamente o mercado tocantinense, argumentaram ao ministro as federações das Indústrias do Tocantins (Fieto), de Mato Grosso (Fiemt) e do Piauí (Fiepi), a Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), a Secretaria de Agricultura e Pecuária do Tocantins (Seagro-TO) e o deputado Lázaro Botelho.
“Alguns estados compram arroz do Tocantins. Se vier arroz de fora, esses estados deixarão de comprar no Tocantins. Ou seja, o produtor rural e a indústria local, que vende os grãos, seriam afetados diretamente”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz do Estado de TO e vice-presidente da Fieto, Carlos Suzano.
“Entendo a individualidade de cada estado, de cada município, mas vivemos em uma Federação. A política agrícola precisa olhar pontualmente e torcer para passar rapidamente os problemas, para que a gente continue trabalhando. Hoje, temos como amenizar pontualmente para ver se o mercado interno reage”, disse o ministro, durante a reunião, nessa quarta-feira (7).
Para Lázaro Botelho, essa é uma conquista para os produtores rurais tocantinenses. “Sempre estive em defesa dos agricultores e, consequentemente, de toda a cadeia produtiva de arroz. Essa medida que discutimos com o ministro afetaria diretamente a mão de obra que também sustenta a economia do nosso Tocantins.”
O subsecretário da Seagro-TO, Ronison Parente, destacou outra conquista garantida por Maggi durante a reunião. “Para ajudar caso algo venha a atrapalhar os trabalhos dos nossos produtores rurais, e visando à proteção do preço do grão no Tocantins, o ministro garantiu que se os agricultores forem afetados, leilões PEP serão realizados no estado.”
Também participaram da reunião o diretor da Fiemt e do Sindicato das Indústrias de Arroz do MT, Ivo Mendonça; o representante da Fieto, Vicente de Paula; o presidente da Aproest, Ênio Nogueira; o superintendente da Aproest, Carlos Milhomem; o representante Aproest, Fábio Faria; o vice-presidente do Sindicato Rural de Formoso do Araguaia–TO, Vilson Nogueira; a diretora do Sindicato das Indústrias de Arroz do Piauí e da Fiepi, Clédima de Medeiros; o representante do Sindicato das Indústrias de Arroz do Piauí, Francisco Lima; e o diretor da Seagro-TO, Thiago Dourado.