Notícias do dia

Elefante do zoo de Brasília pode ter sido morto por envenamento

Exames preliminares indicam intoxicação de origem externa em Babu
Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O quadro de pancreatite que levou à morte o elefante Babu, de 25 anos, em 7 de janeiro, pode ter sido decorrente de intoxicação exógena (de origem externa). O resultado preliminar foi divulgado pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília.

De acordo com laudos de dois laboratórios, foram encontrados nas amostras examinadas do animal indícios de substâncias tóxicas como chumbo, mercúrio e arsênio.

Os resultados são referentes a exames toxicológicos e histopatológicos emitidos pelo laboratório Tecnologia em Sanidade Animal (Tecsa) e pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Para o diretor-presidente da fundação, Gerson Norberto, o caso foge ao padrão dos cuidados com o plantel. “Fatos naturais como velhice estão dentro da expectativa técnica, o que não era o caso de Babu, que havia acabado de entrar na fase reprodutiva”, ponderou, em coletiva de imprensa.

De acordo com Norberto, como as substâncias não fazem parte da rotina da fundação, podem ter entrado de forma não-autorizada. “Aguardamos os outros laudos para contrapor ou corroborar o resultado e a investigação para o esclarecimento dos fatos”, acrescentou.

Os dados foram encaminhados à Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia do Meio Ambiente do DF, e para a equipe de investigação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Precisamos que nosso plantel mantenha as condições de saúde físicas e psicológicas para que possamos trabalhar nosso propósito de preservação”, defendeu o dirigente, que reiterou o compromisso da fundação em manter total transparência na apuração.

O secretário do Meio Ambiente, Igor Tokarski, ressaltou que todas as providências foram tomadas de forma integrada entre os órgãos ambientais para resolver o caso.

Zoo intensificará monitoramento de animais

Para manter a segurança e o bem-estar dos cerca de 900 animais que vivem no zoo, inclusive de outros dois paquidermes — Belinha e Chocolate —, a fundação tomará medidas como: ampliação do sistema de vigilância eletrônica, reconfiguração dos postos de segurança e mudança nos protocolos da rotina dos funcionários.

Também não estão descartadas outras investigações, como fatores genéticos. Para isso, a fundação mantém contato com o Parque Nacional Kruger, na África do Sul, de onde vieram Babu e Belinha, elefante fêmea do plantel.

O zoo mantém ainda diálogo com outros centros de conservação de elefantes nos Estados Unidos e na Europa. O objetivo é conseguir informações de parentesco nas manadas locais e outros registros clínicos similares.

Isso porque uma das causas prováveis para esse tipo de patologia tem fatores congênitos. A amostra de pele de uma das orelhas do paquiderme está armazenada no Hospital Veterinário da Fundação Jardim Zoológico de Brasília.

O material integrará o banco de germoplasma do zoo, mantido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Da redação, com Agência Brasília

 

 

AGROemDIA

O AGROemDIA é um site especializado no agrojornalismo, produzido por jornalistas com anos de experiência na cobertura do agro. Seu foco é a agropecuária, a agroindústria, a agricultura urbana, a agroecologia, a agricultura orgânica, a assistência técnica e a extensão rural, o cooperativismo, o meio ambiente, a pesquisa e a inovação tecnológica, o comércio exterior e as políticas públicas voltadas ao setor. O AGROemDIA é produzido em Brasília. E-mail: contato@agroemdia.com.br - (61) 99244.6832

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre AGROemDIA

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading