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Acordo vai impulsionar desenvolvimento sustentável do centro-sul do MA

mapa balsas

O desenvolvimento sustentável no centro-sul do Maranhão deve ganhar novo impulso. Para tanto, a Embrapa Cocais, a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e o Instituto Federal do Maranhão (Ifma) lançam nesta quarta-feira (16) a Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (Umiptt), no município de Balsas.

A abertura da solenidade de assinatura do termo de adesão ao acordo de cooperação técnico-científico e operacional envolvendo as três instituições ocorrerá na Unidade da Embrapa de Execução de Pesquisa, também em Balsas, a partir das 9h.

Após a solenidade, a chefe-geral da Embrapa Cocais, Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, fará palestra sobre o Contexto e tendências da agropecuária no Centro-Sul do Maranhão.

Em seguida, terá a apresentação do Modelo Umiptt de parceria pelo assessor em Inovação e Transferência de Tecnologia da diretoria executiva da Embrapa, Apes Falcão.

A Umiptt é uma união de esforços entre Embrapa e instituições parceiras, públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, para o desenvolvimento sustentável de determinada região e fortalecimento de arranjos produtivos locais que promovam a otimização de recursos humanos, financeiros e de infraestrutura.

“Esse arranjo em rede promove a atuação da Embrapa e parceiros onde exista vazio institucional e/ou necessidade de atuação. A Embrapa é a articuladora do processo. A demanda vem da articulação da sociedade local interessada e suas instituições regionais”, explica Apes Falcão.

Segundo a chefe-geral da Embrapa Cocais, esse modelo de arranjo institucional amplia e fortalece a capacidade de atuação regional da Embrapa e seus parceiros.

No caso específico de Balsas, acrescenta Maria de Lourdes, é uma aliança estratégica para o fortalecimento de arranjos produtivos e desenvolvimento territorial sustentável com inclusão produtiva e agregação de valor à agricultura familiar e ao agronegócio, promovendo a atuação em regiões onde a ciência e a tecnologia precisam estar fortemente presentes.

“Além da soja, que é o principal produto agrícola local, há potencial de crescimento para o cultivo de milho (especialmente o safrinha), algodão e outros, além de desafios para a produção de arroz de terras altas, feijão-caupi e mandioca, bem como um mercado que se abre para a produção de “pulses” (grão-de-bico, lentilha, feijão mungo). Há, ainda, outras necessidades, como de boas práticas de manejo do solo, integração lavoura-pecuária-floresta, zoneamentos, inteligência territorial e certificação ambiental, dentre outras”, enumera.

O acordo de parceria para a estruturação da Umiptt é de simples cooperação, no qual cada uma das instituições envolvidas diz o que tem condições de aportar. A gestão é compartilhada entre as instituições que compõem a Umiptt e a operacionalização é feita por projetos, a partir de demandas validadas pelos participantes.]

“Os projetos serão focados nas questões de desenvolvimento regional, transferência de tecnologia e pesquisa aplicada, com atividades priorizadas pelas instituições e entidades daquele território. O objetivo é criar um ambiente colaborativo de pesquisa, desenvolvimento e inovação, por meio do compartilhamento de recursos e atuação conjunta das instituições parceiras e unidades da Embrapa para o enfrentamento dos desafios da região, que tem papel crucial na produção agropecuária brasileira”, completa Maria de Lourdes.

O modelo Umiptt

A Umiptt é a modelagem inovadora de arranjo territorial em rede, com atuação em pesquisa, transferência de tecnologia e inovação, que amplia e fortalece a capacidade de atuação regional da Embrapa. Esse compartilhamento pode ocorrer tanto nas dependências da Embrapa, recebendo os parceiros externos de outras Instituições, como nas dependências de outras instituições, recebendo pesquisadores da Embrapa, ampliando a capacidade de a empresa desenvolver novas tecnologia e soluções.

O objetivo é viabilizar soluções de pesquisa, aporte tecnológico e organização da produção, visando ao desenvolvimento sustentável, à segurança alimentar e nutricional, à geração de renda e bem-estar às famílias dos agricultores – especialmente os familiares -, indígenas, pescadores, comunidades remanescentes de quilombos e extrativistas da região.

Atualmente existem dois desses arranjos em funcionamento na Embrapa. Uma é a Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas – UMiP GenClima, fruto de parceria entre a Embrapa e a Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. A meta dessa  UMiP, em médio prazo, é desenvolver tecnologias genéticas proprietárias que permitam a criação de variedades de milho (a espécie-modelo adotada pela UMiP GenClima) com maior tolerância à seca e a altas temperaturas.]

A outra é Umiptt é em Francisco Beltrão, no Paraná, fruto de acordo de cooperação técnica entre a Embrapa, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR e o Instituto Agronômico do Paraná – Iapar. A expectativa é que essa unidade mista beneficie 42 municípios do sudoeste do Paraná com desenvolvimento econômico e social para a agricultura familiar, além de promover o fortalecimento da bacia leiteira, da produção de frutas e hortaliças e da agregação de valor por meio de agroindústrias.

Da redação, com Embrapa

 

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