China confirma corte de importações agrícolas dos EUA; tendência é comprar mais do Brasil

A China deve reduzir de forma acentuada as importações de produtos agrícolas dos EUA após a adoção de mecanismos comerciais de retaliação à guerra comercial desencadeada pelo governo Trump. Em consequência disso, a opção será comprar mais de outros mercados, beneficiando países como o Brasil.
“As importações chinesas de produtos agrícolas norte-americanos cairão drasticamente depois que Pequim implementar suas medidas comerciais de retaliação, disse nesta sexta-feira (10) o vice-ministro da Agricultura, Han Jun”, informa a Agência Reuters.
Ainda de acordo com a agência, Hann afirmou que o atrito comercial entre os dois países terá impacto limitado no setor agrícola da China.
De acordo com o vice-ministro da Agricultura, o país tem condições de suprir a demanda doméstica por óleos comestíveis e ração animal à base de proteína.
“Uma solução é elevar importações de outros exportadores como o Brasil, e o farelo de soja poderia facilmente ser substituído por ração animal feita de outros produtos”, acrescentou Han.
Maior importador de bens agrícolas do mundo, a China precisa de 90 milhões de toneladas anuais de soja. Os EUA atendiam cerca de um terço da demanda total chinesas pela oleaginosa, usada para processar óleo de cozinha e ração animal.