Cresce a participação das mulheres no agro, mostra estudo do Cepea
Entre 2004 e 2015, houve uma tendência geral de redução da população ocupada (PO) do agronegócio, com queda de 6,6% no período. Enquanto o número de homens atuando no setor diminuiu 11,6%, o total de mulheres trabalhando no agro aumentou 8,3%. Diante desse cenário, a participação da mulher no mercado de trabalho do setor cresceu consistentemente entre 2004 e 2015, passando de 24,11% para 27,97%. Isso é o que mostra estudo divulgado nesta terça-feira (13) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
O aumento da participação feminina no agronegócio ocorreu sobretudo na categoria de empregadas com carteira de trabalho assinada, principalmente entre 2009 e 2013. Pesquisadores do Cepea destacam que essa informação é relevante, dado o perfil do agronegócio, marcado por um nível de informalidade mais alto que o médio da economia.
Quanto às características socioeconômicas das mulheres do agro, aponta o estudo, observa-se que o aumento da participação feminina no setor foi impulsionado por trabalhadoras com um maior nível de educação formal, indicando evolução positiva atrelada a empregos que demandam maior qualificação.
Das mulheres que atuam no agronegócio, ressalta o Cepea, 67,9% se mostram satisfeitas (em termos de jornada de trabalho, salário e igualdades de oportunidade e tratamento), praticamente o mesmo percentual apresentado no Brasil, em geral. Já as insatisfeitas com seus empregos no agronegócio correspondem a 20,83% das mulheres, contra 22,3% da média nacional de mulheres insatisfeitas com o emprego.
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Da redação, com Cepea