Agro do oeste baiano quer mais atenção dos deputados estaduais
Um dos mais pujantes polos agrícolas do país, o oeste baiano precisa de um apoio mais forte do legislativo estadual para solucionar problemas de infraestrutura e logística que prejudicam especialmente o escoamento das safras da região, segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), Cícero José Teixeira.
“A maioria dos nossos deputados estaduais precisa conhecer melhor o oeste baiano”, enfatiza Cícero. De acordo com ele, apenas a deputada Jusmari Oliveira e mais alguns conhecem bem a região. Os demais, acrescenta, até se assustam quando são informados sobre os números da economia regional, cuja produção de grãos – principalmente soja – representa 22% das exportações do estado. O oeste da BA também se destaca pelo cultivo de algodão e milho, além de café irrigado.
O crescimento da produção agrícola na região, assinala o dirigente do SPRLEM, é resultado de investimentos feitos pelos produtores em tecnologia, o que impulsiona a produtividade das lavouras. “Ocupamos apenas 3% do território do estado. O que está sendo feito aqui é resultado da verticalização.”
A falta de infraestrutura adequada, pontua Cícero, tem impacto negativo não só no agro, mas também em outros setores da economia, como os de comércio e serviços, e nas finanças do estado, que perde em arrecadação de impostos.
“Hoje, por exemplo, nosso algodão é exportado pelo Porto de Santos porque a Bahia ainda não tem um em condições de enviar o produto para o exterior. Daqui a pouco, vamos exportar soja pelo Porto de Itaqui, no Maranhão, usando a ferrovia a partir de Gurupi, no Tocantins.”
Cícero lembra que a Bahia está trabalhando para ter a ferrovia entre Luís Eduardo Magalhães e o Porto de Ilhéus, “mas o projeto está atrasado.” Por isso, argumenta, o apoio dos deputados estaduais é fundamental para acelerar obras que melhorarão o escoamento das safras pelos portos baianos e impulsionarão os setores de comércio e serviços no estado.