Projeto reforça importância da criação de bovinos a pasto

Tornar a criação de bovinos a pasto ainda mais eficiente e rentável. Com este objetivo, foi lançado em Rondônia o projeto “Juntas pela Pastagem”. O movimento é uma iniciativa da Valloura Soluções Agropecuárias.
A parte técnica e de pesquisa do “Juntos pela Pastagem” é liderada pela engenheira agrônoma Anne Dallabrida, mestre e doutora em agricultura tropical e coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do projeto.
A outra profissional envolvida no projeto é a zootecnista Glenda Evaristo, especialista em pastagem e gerente comercial da empresa. Elas pretendem levar à pecuária no conhecimento e o ajuste fino para dentro das fazendas.
O projeto conta com uma série de ferramentas para tornar o pasto produtivo e de qualidade, auxiliando pecuaristas nas tomadas de decisões. “Queremos mudar o cenário atual da pecuária, que é carente de adoção de tecnologia. A produção animal dá dinheiro, mas é preciso entender que o capim tem que ser tratado como uma lavoura”, diz Anne.
O “Juntos pela Pastagem” acaba de iniciar em Rondônia, com mais de sete mil hectares visitados em sete dias. Amazonas, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás serão os próximos estados contemplados pelo projeto.
Neste primeiro ano, a iniciativa chegará ao todo a 100 propriedades. Já no próximo período, a projeção é que esteja disponível nos demais estados, com visitas em mais de 300 propriedades.
Hora da decisão é agora
Para alimentação animal, o capim é a opção mais barata e isso vai refletir no aumento da rentabilidade do produtor/a, com retorno muito maior comparado à suplementação. Por isso, o slogan do projeto é: Menos cocho e mais pasto.
Uma vez que há a disponibilidade de pastagem de qualidade para o gado, e em quantidade suficiente, o uso da suplementação diminui. “Com a chegada das chuvas é a hora de tomar a decisão pensando na próxima seca. Essa escolha precisa ser feita agora”, reforça Glenda.
Nos últimos anos, com os insumos ficando cada vez mais caros e com pouca disponibilidade no mercado, produtores e produtoras têm enfrentado dificuldades. Para fugir disso, a solução está no “quintal da fazenda”, ou seja, no pasto.
Os benefícios, principalmente econômicos, do investimento em pastagem, são muitos. Temos que cada vez mais produzir o maior volume de matéria seca por ano, sendo eficiente em produtividade, utilizando o cocho estrategicamente apenas como complemento nutricional”, completa Glenda.
Para ela, o sucesso do projeto em cada propriedade vai depender da estratégia, de onde o pecuarista quer chegar. A partir disso, será possível extrair a máxima potencialidade da pastagem, buscando um pasto de qualidade, com quantidade para alimentar o rebanho.
“O movimento “Juntas pela Pastagem” vai evoluir muito a qualidade do pasto e, consequentemente, a produção de carne no Brasil”, reforça o gerente de marketing do projeto, João Cavalcante.