Agropecuária

Lula promete um “bom Plano Safra” para aumentar ainda mais a produção agrícola

Foto: Ricardo Stuckert PR

Em entrevista a quatro rádios de Goiás, nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do agronegócio e da agricultura familiar para o Brasil e prometeu um bom Plano Safra 2023/24. Lembrou também que os governos do PT sempre apoiaram a agropecuária, com crédito e juros baixos, e disse não estar preocupado se há produtores rurais que não gostam dele. “Eu tenho noção do que nós fizemos, tenho noção de que o problema deles conosco é ideológico, não é um problema de dinheiro”.

Lula afirmou que os produtores rurais nunca receberam tantos incentivos quanto aqueles enviados pelos governos petistas. “Se você conhecer uma pessoa do agronegócio, alguém que é muito reacionário, que é contra o Lula, que é contra o PT, pergunte para ele, para colocar na mesa números, se houve algum momento na história que o agronegócio recebeu tantos recursos como nos governos do PT”, enfatizou, segundo o site Brasil247.

“Pergunte para ele [produtor rural]”, prosseguiu Lula, “quanto é que eles pagavam nessas máquinas colheitadeiras, todas automatizadas, nos governos do PT. Eles pagavam 2% de juros ao ano. Hoje eles pagam 14% ou 18%. Eu tenho noção do que nós fizemos, tenho noção de que o problema deles conosco é ideológico, não é um problema de dinheiro”.

O presidente pontuou não ser preocupação sua “conquistar” o agronegócio.  “Eu não trabalho tentando agradar um setor ou outro setor, porque se não você fica maluco, são milhares de setores no Brasil. Eu trabalho para criar condições melhores para o trabalho de 215 milhões de brasileiros, dentre eles os do agronegócio”.

“Vamos fazer um bom Plano Safra”

Lula declarou ainda que o Brasil pode até dobrar sua produção agrícola e pecuária, mas sem agressões ao meio ambiente. “Vamos fazer um bom plano Safra, porque queremos que a agricultura brasileira continue produzindo, continue plantando cada vez mais para que a gente continue exportando cada vez mais.”

“Não quero saber se o produtor rural gosta de mim ou não, não é isso que está em jogo. O que está em jogo é a gente recuperar a capacidade produtiva desse país e aumentar a capacidade produtiva sem desmatamento, sem queimada na Amazônia. É preciso ficar claro isso que nós não precisamos derrubar uma árvore para criar uma cabeça de gado ou para plantar soja. Temos mais de 30 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser recuperadas e a gente pode dobrar a nossa produção agrícola.”

O presidente acrescentou: “É preciso que a gente tenha consciência da racionalidade que tem que prevalecer na nossa política internacional. Ontem o parlamento francês disse que não vai votar o acordo Mercosul-União Europeia por conta da quantidade de veneno utilizada nos produtos agrícolas brasileiros. É importante a gente levar em conta que ser racional, cuidar da agricultura de boa qualidade é uma necessidade competitiva do Brasil para a China e para a França, para os Estados e para a Alemanha.”

Lula também não deixou de acenar aos pequenos produtores rurais. “Quero tratar o agronegócio como eu quero tratar o pequeno produtor rural. Nós temos mais de 4,6 milhões de propriedades de até 100 hectares. Essas pessoas produzem a galinha caipira que a gente come, o ovo que a gente come, o leite que a gente toma, o feijão que a gente come. Essa gente também tem que ser tratada com muito respeito, porque se um do agronegócio tem um valor extraordinário para produzir commodities para a gente exportar, o outro tem uma extraordinária coragem de plantar aquilo que a gente vai comer. Então a gente vai cuidar da agricultura com o respeito que a agricultura merece”.

“O recado que eu dou é este: não estou preocupado com o que fulano ou ciclano pensa de mim. Estou preocupado que se as pessoas forem honestas consigo mesmas, as pessoas têm que dizer em alto e bom som: ‘nunca antes na história do país a agricultura foi tão bem tratada como foi no governo Lula’”.

O presidente falou em “recuperar” a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), “para que a gente tenha um estoque regulador, para que a gente possa garantir um preço mínimo para o cidadão que vai plantar cebola, que vai plantar alho, feijão, para que ele não tenha prejuízo no ano por conta de qualquer intempérie”.

Com informações do Brasil247

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