Importadores estão satisfeito com o algodão brasileiro, avalia presidente da Agopa

De volta ao Brasil, após participar do Annual Trade Event, promovido pela International Cotton Association (ICA), em Cingapura, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Alberto Moresco, traz um panorama da posição brasileira no mercado mundial de algodão.
Segundo ele, o objetivo da participação brasileira no evento foi o de ampliar a rede de contatos com traders e corretores internacionais. Neste aspecto, assinala, o Brasil é altamente eficiente, promovendo encontros pontuais e discussões com foco na conquista e ampliação de mercados.
“Os agentes internacionais de mercado nos dão um feedback sobre a qualidade e satisfação dos compradores a respeito do produto brasileiro, o que e muito importante”, pontua.
Logística e estrutura
A opinião do mercado mundial é positiva quanto ao algodão produzido no Brasil. O problema, diz Moresco, está na logística e estrutura para escoamento da produção.
“Os portos estão lotados e há atraso nos embarques. A queda nas importações brasileiras trouxe como efeito colateral uma escassez de contêineres nos navios e o aumento das exportações fez acumular cargas de soja e milho”, ressalta o presidente da Agopa.
Ainda de acordo com Moresco, a perspectiva é favorável para 2019. A China tem um déficit de 15 milhões de fardos de algodão em seu estoque. Em 2018, o preço da pluma no mercado internacional deve cair, mas haverá recuperação quando a China começar a comprar, o que deve ocorrer a partir do segundo semestre de 2018.
O evento da ICA é considerado o mais importante do setor algodoeiro e reuniu mais de 600 participantes. A ICA é a maior associação de comércio internacional de algodão e funciona como árbitro nas decisões que envolvem divergências comerciais.
A Associação foi criada em 1841, em Liverpool, na Inglaterra, quando um grupo de agentes comerciais de algodão criou estatuto e regras para ajudar na regulação de compra e venda de algodão cru.
Casa do Algodão