Farinha de arroz fará parte da merenda escolar e das cestas básicas do governo
Um grupo de trabalho formado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) foi criado para introduzir os derivados de arroz, como a farinha do cereal, nas compras do governo federal. A ação deverá contribuir para dar sustentação à cadeia produtiva do arroz, que vive um momento de dificuldades.
O acordo de cooperação técnica visa a introduzir os derivados de arroz na cesta básica e na merenda escolar. A comissão criada foi por meio de portaria e acompanhará as compras de arroz para abastecer os ministérios militares e as áreas sociais do governo. O acordo para instituir a parceria foi assinado durante a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, no mês de fevereiro, em Cachoeirinha (RS).
Para a Federarroz, esta é uma alternativa para que os produtores tenham outras formas de comercialização do cereal, especialmente para criar oportunidades de mercado aos arrozeiros. “A ideia do grupo é criar um ambiente para o desenvolvimento de derivados de arroz. Além disso, visa a contribuir para o comércio do grão”, destaca o presidente da entidade, Henrique Dornelles.
Rica em nutrientes, a farinha de arroz vem servindo como alternativa à farinha de trigo. O produto é incentivado especialmente para os celíacos, já que há um diferencial no processo produtivo, porque o seu desenvolvimento é separado de outros grãos que contém glúten. A doença celíaca é uma reação imunológica ao glúten que causa inflamação grave no intestino, podendo levar à desnutrição por má absorção de nutrientes.