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Mapa confirma foco de peste suína clássica em Alagoas

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Foto: Nelson Mores/Embrapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou, por meio de nota, o registro de um foco de peste suína clássica (PSC) em Alagoas, estado localizado fora da zona livre reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O foco foi detectado no município de Traipu, em criatório de suínos, sem vínculo com sistemas de produção tecnificados e já foi notificado à OIE. A última ocorrência de PSC em Alagoas havia sido registrada em 1994.

A PSC é uma doença de notificação obrigatória no Brasil, que acomete somente suínos, não sendo transmitida ao ser humano ou outras espécies.

“Alagoas faz parte da zona não livre de PSC, juntamente com outros 10 estados [AM, RR, PA, AP, MA, PI, CE, RN, PB e PE] e essa ocorrência não interfere no status da zona livre de PSC reconhecida pela OIE, não justificando impactos no comércio internacional de suínos e seus produtos”, diz o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Bruno Cotta.

Medidas adotadas

Desde a confirmação, a propriedade foi interditada e o serviço veterinário estadual realizou o sacrifício e destruição de todos os suínos da propriedade.

Outras medidas adotadas foram as investigações de propriedades situadas no raio de 10 quilômetros em torno do foco e propriedades com algum vínculo epidemiológico, além do pronto atendimento a todas as notificações de suspeitas.

Os sinais clínicos observados foram transtornos circulatórios e lesões cutâneas erosivas, acompanhadas de conjuntivite em animais adultos e distúrbios neurológicos em suínos jovens. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Recife (PE), por meio de técnicas moleculares.

Zona livre de PSC

A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% da indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundos da zona livre, que incorpora 15 estados (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) e o Distrito Federal, e não registra ocorrência de PSC desde janeiro de 1998.

Os limites entre as zonas livre e não livre de PSC são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização, onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco para evitar a introdução da doença são adotados continuamente, conforme normas e procedimentos estabelecidos pelo Mapa. Desde o início das ocorrências de PSC, essas ações foram intensificadas na região.

“Após a confirmação de focos de PSC no estado do Ceará, em outubro de 2018, o Departamento de Saúde Animal, junto com os serviços veterinários estaduais, promoveu a intensificação das atividades de vigilância para a doença em todas as regiões Norte e Nordeste do país, o que contribuiu para a detecção da doença no Piauí, em abril de 2019, e agora em Alagoas”, ressalta Cotta.

Da redação, com o Mapa

 

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